AVALIAÇÃO DA DEGLUTIÇÃO: 

Vídeo endoscopia da deglutição (VED)

 

DRA. MÔNICA ELISABETH SIMONS GUERRA

MÉDICA OTORRINOLARINGOLOGISTA

 CRM-SP: 109056

RQE: 24850

 

 

A deglutição é uma função vital que envolve várias estruturas do corpo, incluindo a boca, faringe e esôfago, e é definida como o ato de transferir alimentos da cavidade oral para o estômago. Esse processo complexo depende da ação coordenada de vários nervos e músculos, tanto voluntários quanto involuntários. Quando ocorrem alterações nesse mecanismo, conhecidas como disfagia, é essencial uma avaliação precisa para identificar a causa e orientar o tratamento adequado.

 

Utilizamos o Nasofibrolaringoscópio para realizar o exame de deglutição, também conhecido como VED  (Video endoscopia da Deglutição). Este exame seguro e aplicável a todas as idades não requer contraste, proporcionando resultados detalhados das fases da deglutição e uma avaliação anatômica das regiões oral, faringe e laringe. Em muitos aspectos, o VED é comparável à videofluoroscopia, abrangendo mecanismos de deglutição de maneira funcional e precisa.

 

A avaliação da deglutição é realizada exclusivamente de forma particular.

 

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Disfagia  

A disfagia é um distúrbio que se caracteriza pela dificuldade ou incapacidade de deglutir alimentos, líquidos ou até mesmo saliva. Pode afetar qualquer uma das fases da deglutição (oral, faríngea ou esofágica) e impactar significativamente a qualidade de vida, comprometendo a nutrição, a hidratação e o bem-estar do indivíduo.

A disfagia pode ser classificada em dois tipos principais:

Disfagia Orofaríngea: Afeta a fase oral e/ou faríngea da deglutição, dificultando o transporte do alimento ou líquido da boca para o esôfago. É frequentemente associada a doenças neurológicas ou condições que afetam os músculos responsáveis pela deglutição.

Disfagia Esofágica: Relacionada à dificuldade no transporte do alimento através do esôfago até o estômago. Geralmente está associada a problemas estruturais, como estenoses ou distúrbios motores do esôfago.

A disfagia pode ser causada por diversas condições, incluindo:

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC): Uma das principais causas, devido à lesão das áreas do cérebro que controlam a deglutição.
  • Doenças Neurológicas Degenerativas: Como Doença de Parkinson, Doença de Alzheimer, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), entre outras.
  • Encefalopatia Crônica Não Evolutiva (ECNE): Afeta crianças e pode causar alterações nos mecanismos de deglutição.
  • Tumores: Cerebrais, de cabeça e pescoço, que podem interferir na musculatura ou nos nervos envolvidos na deglutição.
  • Traumas: Encefálicos, de cabeça e pescoço, que causam alterações nas estruturas e funções responsáveis pela deglutição.
  • Traumas Cirúrgicos: Complicações decorrentes de cirurgias na região de cabeça, pescoço ou tórax.
  • Distúrbios Psicológicos: Ansiedade, depressão e outras condições podem impactar indiretamente o ato de deglutir.
  • Distúrbios Musculares: Miopatias, distrofias e condições que afetam a força e o controle muscular.
  • Outras Condições: Refluxo gastroesofágico, doenças autoimunes (como esclerodermia) e envelhecimento natural, que pode reduzir a eficácia dos mecanismos de deglutição.

O diagnóstico da disfagia envolve uma avaliação clínica detalhada, exames complementares (como video endoscopia de deglutição) e testes específicos para identificar a fase afetada e a gravidade do problema.

Alimentos utilizados durante a VED 

O exame de Videofluoroscopia da Deglutição (VED) é um procedimento diagnóstico que avalia, em tempo real, as diferentes fases da deglutição.

Durante o exame, o paciente consome diferentes tipos de alimentos misturados com corante verde, após a introdução do nasofibroscópio através do nariz. Geralmente, utiliza-se gel de lidocaína na fossa nasal para facilitar a introdução do aparelho e evitar desconforto e dor. A ponta do nasofibroscópio é posicionada na região entre a nasofaringe e a orofaringe para visualizar o momento em que o alimento passa da fase oral para a fase faríngea.

Além da avaliação anatômica e funcional das estruturas, também são observados o comportamento e a postura do paciente durante a alimentação, bem como o processo de mastigação oral. Avalia-se a presença de escapes orais e faríngeos, penetração laríngea e aspiração traqueal.

 

Tipos de Alimentos Utilizados no VED

  • Alimentos Pastosos:
    • Exigem pouca mastigação e são fáceis de engolir.
    • Exemplos: papinhas de frutas, gelatina, iogurte (pastoso, tipo danoninho), espessante, cremes e sopas espessas.
  • Alimentos Líquidos:
    • Possuem consistência semelhante à água e fluem com facilidade.
    • Exemplos: sucos, chá, água, iogurte líquido e leite.
  • Alimentos Sólidos:
    • Requerem mastigação antes de serem engolidos.
    • Exemplos: bolachas, frutas (como maçã ou banana) e pedaços de pão.

Para garantir uma avaliação precisa, é importante que o paciente traga alguns alimentos no dia do exame.

Recomendamos que sejam alimentos do dia a dia, aos quais o paciente está habituado, nas seguintes consistências:

Pastosos: Purês ou papinhas (ex.: purê de batata ou papinha de maçã).

Líquidos: Água, suco natural ou chá.

Sólidos: Bolacha simples, pedaços de pão ou frutas como maçã ou banana.

O VED é uma ferramenta essencial para diagnosticar dificuldades de deglutição, orientando o plano de tratamento mais adequado para cada paciente, com base em suas necessidades específicas e em suas condições clínicas.

No entanto, é importante destacar as limitações do VED em casos de disfagia esofágica. Embora o exame possa fornecer informações sobre o início da fase esofágica, ele não avalia de forma completa o esôfago. 

Sou Dra. Mônica Simons Guerra médica otorrinolaringologista e foniatra, com sólida formação pela Santa Casa de São Paulo e doutorado em Distúrbios da Comunicação Humana pela PUC-SP. Especialista em Otorrinolaringologia e Foniatria, com atuação abrange condições como perda auditiva, transtornos de linguagem e aprendizagem, fissura lábio-palatina e Síndrome de Down.

Atuo como coordenadora do Departamento de Foniatria da ABORL-CCF, docente na PUC-SP e na DERDIC, além de integrar a equipe da Clínica Pro ORL. Com ampla participação acadêmica e científica, aliando técnica e ética ao cuidado humanizado de seus pacientes.

Para mais detalhes sobre sua trajetória profissional, acesse seu Currículo Lattes.

Contato e localização

A Dra. Mônica Elisabeth Simons Guerra atende na Clínica Pro ORL em parceria com a Clínica La Vie. Localizado entre as estações de metros Ana Rosa e Paraíso. No local tem estacionamento próprio. 

 

Para entrar em contato, envie um e-mail para monica.proorl@gmail.com

 

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